Um dia, isto tinha de acontecer
Está à rasca a geração dos filhos que nunca foram ensinados a lidar com frustrações.
A ironia de tudo isto é que os jovens que agora se dizem (e também estão) à rasca são os que mais tiveram tudo.
Está à rasca a geração dos filhos que nunca foram ensinados a lidar com frustrações.
A ironia de tudo isto é que os jovens que agora se dizem (e também estão) à rasca são os que mais tiveram tudo.
Eu ainda não tive o prazer de conhecer pessoalmente a nova professora da minha filha mais velha, mas já gosto dela por antecipação. Três dias depois de ter entrado para a primária, a Carolina declarou solenemente: “A minha professora é brava”.
São francamente difíceis estes tempos em que nos é confiada a educação de crianças que irão viver o apogeu das suas vidas por volta do ano 2050. É um pouco assustador quando pensamos nestes termos!
Com as mudanças tão brutais dos últimos tempos, não temos qualquer hipótese de imaginar o que será e como será esse mundo em que irão viver. Resta-nos, então, debruçarmo-nos sobre o mundo em que vivem (e vivemos) hoje!
Queremos, para as crianças, “escorregas” sem esquinas, pregos, parafusos ou farpas. Queremos jardins sem objectos pontiagudos, sem paus, sem pedras; queremos bancos de jardim sem rugosidades nem lascas; queremos redes e grades sem ferrugem; parques sem gravilha nem degraus, com pisos não abrasivos, com chão anti-derrapante; queremos mesas sem cantos, degraus sem esquinas, corrimões só boleados; janelas que não abram, portas que não fechem… Enfim, para ELES tudo seguro! Tudo sem perigos, sem riscos, sem obstáculos!
A criancinha cresce a ver Morangos com Açúcar, cheia de pinta e tal, e torna-se mais exigente com os papás. Agora, já não lhe basta que eles estejam por perto. Convém que se comecem a chegar à frente na mota, no popó e numas férias à maneira.Um dia, na escola, o professor dá-lhe um berro, tenta em cinco minutos pôr nos eixos a criancinha que os papás abandonaram à sua sorte, mimo e umbiguismo. A criancinha, já crescidinha, fica traumatizada. Sente-se vítima de violência verbal e etc. e tal.
Enviado por uma “Mãe”… mais uma acha para a fogueira!…
E porque também de tempo, atenção e afecto se faz a disciplina… uma perspectiva realista e optimista do Prof. Mário Cordeiro.
Especialistas em educação reunidos na cidade espanhola de Valência defenderam hoje que o aumento da violência escolar deve-se, em parte, a uma crise de autoridade familiar, pelo facto de os pais renunciarem a impor disciplina aos filhos, remetendo essa responsabilidade para os professores. Os participantes no encontro ‘Família e Escola: um espaço de convivência’, dedicado a analisar a importância da família como agente educativo, consideram que é necessário evitar que todo o peso da autoridade sobre os menores recaia nas escolas.
Os pais têm de recuperar a autoridade perdida e deixarem de querer agradar aos filhos, ou o mundo estará perdido, afirma um dos mais famosos pediatras do mundo.
Entrevista com Daniel Sampaio – Jornal i
Em “Vozes e Ruídos” defende que temos de usar a linguagem dos jovens e um capítulo chama-se “Bute Falar”.
Eis um primeiro tema em discussão! Ele anda à volta da “autoridade e da disciplina”.